segunda-feira, 3 de maio de 2021

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Ainda vivemos tempos insanos em que famílias se despedem de entes amados enquanto vizinhos se aglomeram em encontros, festas e bares clandestinos.

O pior da pandemia é o egoísmo do ser humano que insiste em querer todo bem-estar somente pra si, não pensa no outro e acha que a prática do hedonismo é o que há pra se viver.

Poderíamos estar melhores mesmo ainda sem vacina pra todos.

Mas rumamos aos quinhentos mil mortos e não sabemos quando isso vai acabar... 

sábado, 24 de outubro de 2020

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'Todos iguais, todos iguais ...  
 Mas uns mais iguais que os outros...'

Gessinger falava sobre as pessoas e eu me aproprio da frase para falar também sobre os dias que se repetem eternamente após 7 meses de reclusão.
A normalidade se instalou sobre o caos.
A preocupação básica são as eleições. Promover a si próprio.
Assim como as pessoas que furaram a quarentena para postar fotos nos stories.
O governo ruim é reflexo de uma população alienada, emburrecida, egoísta.
Se o isolamento tivesse sido feito corretamente, em pouco tempo teríamos voltado à (quase) normalidade dos nossos dias. 
Um presidente negacionista somando- se a clandestinidade de festas, encontros, passeios promovida por celebridades incentivou as pessoas a arriscarem sua vida e de seus familiares. 
Seguimos nesse barco à deriva. 
Cada dia com mais baixas, que não causam mais assombro.
Uma minoria reflete e se entristece. Mas continua firme em suas convicções esperando dias melhores. 
Não está pior justamente por conta dessa minoria que teima em florescer do asfalto, plantando sementes em todos os cantos, semeando o bem em todos os lugares. 


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Um mini desabafo

Ainda estamos no olho do furacão.
A diferença é que muitos acostumaram a estar. 
E tantos outros nem ligam.
Temos um governo que reflete o povo que tem.
A maioria é de gente que só pensa em si mesma ou em levar vantagem.
Fico muito preocupada porque o povo ainda vai sofrer muito antes desse país melhorar, já se foram mais de 142 mil brasileiros e o comportamento de muitos não mudou, não melhorou.
Vejo a praça perto de casa que é limpa constantemente pela subprefeitura e é linda sempre cheia de sujeira, latas e garrafas de bebidas alcóolicas nas manhãs quase todos os dias. Isso me deixa muito mal.
Moradores dos arredores incapazes de recolher o cocô de seus cachorros mas que fazem questão de passear todos os dias com os Lulus da Pomerânia, shitsus ou llasa apsos, que são os cães da moda.
Se as pessoas não conseguem ter o mínimo de educação e respeito básicos, como vão lidar adequadamente com uma pandemia?
Tristeza me define. 
Desânimo também.
Ainda bem que tenho fé. Ela me segura.



sábado, 19 de setembro de 2020

Pátria amada, dilacerada... Brasil

 E não basta o descaso,

Palavras de escárnio,

Atitudes de desprezo.

Há também a ambição desmedida

Que queima nossas matas,

Assassina nossos animais

Dizima todo um bioma.

Os dias são cinzas.

As dores alheias ardem.

O mundo chora por tanto descaso.

Uma parte da população choca-se com tanta devastação,

O restante permanece cego, incapaz de enxergar o retrocesso.

Mais mortal do que o vírus que causou essa pandemia 

É a falta de amor, humanidade e respeito à natureza que assola nosso chão. 


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O amor nosso de todos os dias


Gosto quando nossos olhos se encontram
E desviam-se quase que imediatamente
Escondendo-se atrás de um sorriso
E da vontade de mais uma vez se olharem.

Gosto quando meu coração acelera
E um tremor percorre toda minha alma
Tento em vão disfarçar a adrenalina que me percorre
Querendo negar o sentimento que me arrebata

Gosto quando sou lembrada 
E recebo pequenas gentilezas
Quando a admiração transborda nos gestos
E o que não foi dito com palavras aparece em atitudes.

Gosto quando fala meu nome
E sorrindo, espera que eu responda
Saboreando cada sílaba minha
Como se fosse a mais bela canção.

Gosto do amor que transborda
Dos carinhos fortuitos
Do beijo roubado 
Do abraço que não termina.

Gosto de me sentir feliz
De ter certeza da lealdade
De dividir canções
De compartilhar um café.

Gosto da espera na janela
De olhar você vindo no caminho
Do sorriso que se arma
Ao respirar sua presença.

Gosto de falar sobre um livro que li
E saber que você escuta com infinito interesse
Que me devora com seus olhos
E espera por mim todos os dias com a mesma imensa consideração.








quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Quase 6 meses, 123.780 mortos



Tem dias que são melhores do que os outros.
E dias que são infinitamente piores.
As mortes ainda são números crescentes. 
E o esforço do governo do país vai na contra mão do bom senso. 
A situação não é pior porque há ainda muitas pessoas mantendo isolamento mesmo que as praias estejam cheias em um dia de sol ou os bares lotados, com pessoas achando o máximo ostentar uma máscara no queixo enquanto tiram selfies com um copo de cerveja na mão. 
Os que permanecem em casa buscam manter a sanidade, exercem a paciência, pensando em si e no próximo. Lutam contra as imagens absurdas mostradas na tevê ou discursos de escárnio sendo ditos aos quatro ventos pelo presidente do país.
Mesmo que existam mortes de amigos e parentes, há uma parte da humanidade que não mudou. Não melhorou. E segue ostentando seu egoísmo e falta de amor ao próximo.
Esse vírus tem mostrado o melhor e o pior da humanidade. 
Ainda iremos derramar muitas lágrimas. 
Temos muito a melhorar. 

domingo, 9 de agosto de 2020

Um dia de cada vez



Passamos dos cem mil mortos oficialmente.
É um dia dos pais que muitos chorarão suas perdas recentes.
Um domingo de luto para muitas famílias .
Somos um país que banalizou a morte.
Enquanto morriam 500 pessoas por dia na Europa, assistíamos a cenas com pesar e assombro. Hoje estamos perdendo 1000 brasileiros por dia e essa realidade parece não nos afetar.
Mais do que os cem mil mortos pela Covid, temos vistos corações que já morreram há muito tempo. Incapazes de olhar para o lado e de se compadecer com a dor alheia.
O que mais me deixa abismada é que  tantas pessoas ainda defendam um governo que nada fez para que essa situação fosse controlada, que faz piada com a morte e desdenha dos números, como se fosse obra unicamente do destino e não tivesse a sua mão omissa nessa quantidade de óbitos. 
O descaso me assombra. Quantos mais irão morrer até que essa pandemia deixe nosso país?